quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Athena

Gosto de dizer que "Athena não é minha gata, eu que sou a humana dela" e é a mais pura verdade, me tornei propriedade dela em 12 de abril de 2007, dia que essa gatinha entrou na minha vida...

Sempre quis ter gatos, mas moro em casa e minha família viu a necessidade de termos cães de guarda por razões óbvias... Em janeiro de 2007 Ramah, nossa pastor alemão de apenas 5 anos, começou a ficar muito doente, parou de comer, emagreceu e faleceu vitimada de lesão renal gravíssima por causa de Leishmaniose, quando chegaram os resultados dos exames dela diagnosticando o pior decidimos acabar com seu sofrimento através da eutanásia. Sua perda foi muito triste para mim, nunca havia perdido uma amiga tão jovem e, para que 'a minha loba' não se sentisse só na hora de sua passagem, decidi acompanhá-la em suas últimas horas... Só quem já passou por isso sabe como é difícil.

Apesar de toda dor já tinha decidido adotar outro amigo, desta vez um gato e tinha que ser preto, tinha isso em mente ao me dirigir para a SMPA (Sociedade Mineira Protetora dos Animais), já conhecia o trabalho deles e todos foram muito gentis em me acompanhar ao gatil e informarem que eu poderia escolher qualquer um daqueles gatinhos, minha mãe que me acompanhava deixou que eu entrasse sozinha para escolher um amiguinho, mas infelizmente nenhum pretinho gostou de mim e fiquei ali parada um tempo tentando entender o que tinha falhado na minha conexão 'humano-bicho de estimação' e me perguntando "E agora, quem vou levar?", ao olhar para baixo me deparei com uma pequenina gata tricolor de olhos azuis que começou a miar e a escalar minha calça jeans, observei aquele curioso comportamento, tirei-a da minha calça, dei 3 passos para trás e aguardei para ver se ela fazia novamente e fez! Naquele momento percebi que tinha sido escolhida e levei a Athena para casa.


Companhia perfeita na hora de ler jornal...


Na SMPA me contaram sua história, Athena fora abandonada por alguém dentro de uma caixa na porta da associação com apenas 3 dias de vida, o veterinário fez os exames necessários e me disse que ela tinha o rabo quebrado em dois lugares mas que havia necessidade de me preocupar isso não afetaria em nada a vida dela, além disso sua saúde era excelente e que apesar dela ter 35 dias não haveria necessidade de dar leite, ela já estava habituada em comer ração... Fomos liberadas e viemos para casa.

Sempre fui fascinada por mitologia grega e depois de conhecer sua história, decidi que essa gatinha merecia um nome forte ATHENA - "Atená, filha de Zeus e Métis, era uma estrategista por excelência. Sábia e prudente, era ferrenha defensora de nobres ideais como a justiça, a paz e a ordem (...) apreciava a luta racional e os golpes executados com sabedoria e inteligência." ela foi alunas de Palas, que lhe ensinou a arte da luta, um dia em um infeliz treinamento desferiu um golpe que culminou na morte de sua mestra, então para homenageá-la passou a se chamar Palas Atená.

Em casa Athena comia demasiadamente coisa que futuramente precisamos controlar com ração light para evitar a obesidade felina, além disso desenvolveu o hábito de mamar em pontinhas de lençóis, fronhas, cabelo, orelhas e dedos, mais tarde eu entendi que se tivesse dado um pouquinho de leite na seringuinha para uma gatinha que não teve mãe ela perderia essa mania, como não fiz por causa da orientação veterinária a mania existe até hoje...

Athena é a gata que tomou conta de toda a casa e de mim; que mama no meu dedo quando tem soninho; que desenvolve pequenas feridinhas no focinho de stress causado pela minha ausência temporária quando eu viajo a trabalho; que me vê chegar cansada de viagem, deita na minha barriga e dorme durante todo o tempo que eu dormir só para matar saudade; que acorda cambaleando e deita no meu colo só pra dormir abraçadinha (sobretudo no inverno); que adora tirar fotos; que mia alto quando quer ir pro jardim; que tem um miado diferente (mééééélllllllllllllll) que lhe rendeu o apelido de Mel; que é folgada e meio rabugenta; que me obedece quando está a fim mesmo entendendo tudo o que eu falo; que odeia cortar unhas e tomar banho, mas adora ser penteada; que adora beber água fresquinha em lugares estranhos como tampinhas, potinhos, pia e na mão da gente; que tem o cacoete de ficar com um olho levemente cerrado; que fica horas se limpando quando um estranho encosta nela porque é nojenta; que adora ser escovada... Enfim, que é única, cheia de personalidade e especial!

Ela é a minha gordinha, um mino e que sabe a hora certinha do dia de me emocionar, sempre a pego sentada me olhando, é um olhar tão cheio de amor e profundidade, que me faz diariamente encher os olhos de lágrimas, desde o 12 de abril de 2007 data em que ela me achou e me escolheu pra amar!!!

Cheirinho na câmera da mamãe!

                                                                                                                           



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Apresentando a Gataria

A gataria
Sou produtora artística e sempre fui apaixonada por gatos e em 2007 após a morte da minha querida Ramah, cão da raça pastor alemão, decidi adotar um gatinho, animal que tinha tudo a ver com a minha profissão devido a sua independência, então, fui até a SMPA - Sociedade Mineira Protetora dos Animais escolher meu novo amigo de bigodes.

Sempre quis um gato preto e tinha isso em mente ao entrar no gatil para escolher um amiguinho, mas infelizmente nenhum pretinho gostou de mim e fiquei ali parada um tempo tentando entender o que tinha falhado na minha conexão 'humano-bicho de estimação' e me perguntando "E agora, quem vou levar?", ao olhar para baixo me deparei com uma pequena gata tricolor de olhos azuis que começou a miar e a escalar minha calça jeans, naquele momento percebi que tinha sido escolhida e levei a Athena para casa.

Athena
Dois dias depois da chegada da Athena, li em um pet shop um lindo texto chamado "A Vida Secreta dos Gatos" que falava que os gatos tem a missão de cuidar das pessoas cuidando do seu sono e absorvendo sua energia negativa sempre que há necessidade, sendo assim o ideal era ter mais de um gato, para dividir essa responsabilidade, e assim, Pallas entrou na minha vida.

Já tinha a visto na Galeria de Adoção do Guia Vegano ela estava sendo albergada junto com sua mãe e irmãos por uma protetora chamada Stefânia Bueno, associada a Cãoviver, impossível não se apaixonar pela pequena pretinha com olhinhos verdes puxados (que depois ficaram amarelos) levei-a imediatamente para casa, os primeiros dois dias com Athena foram difíceis, mas logo as duas começaram a conviver harmoniosamente.

Pallas
Quando eu já pensava que minha família felina estava completa há 3 anos, apareceu na porta de casa uma gatinha bebê preta quase sem vida, minha irmã se apressou em dar ração, água e colocar uma caixa de papelão forrada de jornal na garagem para ela se proteger até que eu chegasse do trabalho, confesso que pensei em ignorá-la por um momento, pois não queria mais nenhum gatinho, porém 1 minuto depois comecei a me preocupar com frio e como iria acomodá-la para passar a noite...

Coloquei o filhote numa caixa dentro do box do banheiro, no dia seguinte eu iria levá-la ao veterinário e procurar um adotante, após consulta com a Dra. Karina da Bichos Gerais descobri que a gatinha tinha menos de 30 dias, estava muito desidratada e precisaria tomar vermífugo, um tratamento de cerca de vinte dias para então analisar a possibilidade de uma adoção e mesmo que eu quisesse arcar com todas as despesas de sua recuperação a ONG não poderia albergá-la, me incentivou a dar-lhe um nome mas eu estava relutando em me apegar.

Após 2 dias acordando de 2 em 2 horas para ministrar as doses de soro, colocando bolsa de água quente enrolada em toalha em sua caixa para ela ficar quentinha no inverno, vendo minha família se apegar e também me apaixonando, decidi ficar com a gatinha e lhe dei um lindo nome: Minoes.

Mademoiselle Minoes (Pronuncia-se Minu)